Saúde - Gula - Refeição - Gravida- Criança
A mulher gestante deve ter uma alimentação especial. Não é em vão que se lhe dá o nome de: ESTADO INTERESSANTE.
OS DESEJOS da gestante têm de ser satisfeitos, porque neste estado a mulher se torna mais sensível: repugna, instintivamente, certos alimentos e apetece outros que não são do seu regime habitual.
Mas certos desejos não significam caprichos de guloseimas. A mulher grávida deve saber que tudo quanto come e bebe influi no corpinho do filho.
Quanto mais puros e naturais forem os alimentos da gestante, maiores serão as possibilidades de passar um período tranquilo de gestação e de ter um parto feliz, e dar à luz uma criança sã e robusta.
Nunca deve alimentar-se de carnes*, conservas, mariscos e fazer uso de bebidas alcoólicas. Ao contrário, deve seguir um regime vegetariano com acertada combinação de legumes, laticínios, verduras e frutas, sem comer jamais aquilo que lhe desagrade ou repugne o paladar.
Sua única bebida deve ser água pura. Será terminantemente proibido o uso do álcool, para não legar ao filho o futuro vício de beber.
Durante o aleitamento, o regime alimentar da nutriz deverá ser igual ao da grávida. A mãe ou a nutriz não deve fazer uso de comidas picantes, salgadas, ácidas e dos demais alimentos já citados.
Deve tomar caldos espessos de cereais, purês de legumes, verduras cozidas, sopas de tapioca e farinha de aveia.
Também é muito necessário o uso de ovos frescos, frutas, leite etc. Deve abster-se de alimentos de sementes demasiadamente gordurosos e quentes (nozes, pinhão, coco, amendoim…)
Há certos casos em que há necessidade de intervenção do médico pela estranha idiossincrasia individual.
O corpo humano tem as mesmas leis de desenvolvimento que os vegetais, pois a planta humana ou o organismo corporal precisa variar a quantidade de alimentos segundo a idade, o estado e o lugar.
A criança durante os nove primeiros meses de vida só deve se alimentar de leite, seja da própria mãe, de ama ou da vaca em mamadeira.
O leite tem que ser insuperável. Sua qualidade deve ser de 110 gramas por quilo de peso da criança.
Cada três horas deve a criança mamar; nunca se deve despertá-la para mamar, pois o sono é um alimento tão nutritivo quanto o leite.
O segundo período da primeira infância vai dos nove meses aos dois anos; é o período do desmame parcial. A alimentação nesta época será alternada com leite, mingaus (papas) de farinha de trigo, a princípio ralas, espessando-se gradualmente, dia a dia.
Para variar e acostumar as células do estômago aos alimentos vegetais, aumentam-se os mingaus de farinha de trigo, alternando-os com sopas de aveia, cevada e também de tapioca.
As melhores horas de alimentar a criança, neste período, são: pela manhã – DEPOIS do asseio pessoal – às 7, às 10, às 13, às 16, às 19, às 22 horas, um pouco antes de dormir.
As papas não devem ser muito açucaradas. O açúcar de cana é um veneno lento para a primeira infância.
O aparecimento dos primeiros molares é sinal de que a criança deve aprender a mastigar. Sabemos que bem raras são as pessoas que sabem mastigar.
Convém dar à criança um pedaço de pão duro para roer e servi-lhe sopas feitas de ervilha, grão-de-bico, arroz e outros cereais, muito bem cozidos, de quatro em quatro horas.
Deste modo, gradativamente, vão-se dando legumes bem cozidos, frutas e outros alimentos sólidos, acompanhados de pedaços de pão, RECOMENDANDO-SE QUE MASTIGUE MUITO BEM, ATÉ TRANSFORMAR O ALIMENTO EM PAPA, NA BOCA.
Na primeira infância não deve a criança comer carne, peixes, crustáceos, nem outros alimentos de origem animal, exceto os ovos, o leite e seus derivados. Nada de café nem excitantes.
É um grave erro crer que o vinho e os licores robustecem a criança e a preservação das enfermidades contagiosas; muito ao contrário, o álcool enfraquece a resistência contra as enfermidades.
Depois da segunda infância, isto é, depois dos sete anos de idade, a criança seguirá as leis que regem a puberdade e suas rações serão assim distribuídas: desjejum (pela manhã), almoço, merenda, almoço-jantar ou ceia.
A comida da criança deve ser a mesma que a de sua família, com absoluta abstenção de vinhos, café e mariscos. Os pais devem dar o exemplo de sobriedade e não somente conselhos.
Dos 14 anos aos 20, deve-se ter mais cuidado com a alimentação, por ser a idade mais perigosa, em que se arraigam os hábitos, se firmam os costumes e se definem as tendências.
O CORPO NUNCA EXIGIRÁ MAIS DO QUE AQUILO A QUE ESTÁ ACOSTUMADO. A saúde no tocante à alimentação é filha da educação e da vontade. Os alimentos excitantes e fortes despertam nos jovens certas tentações, às vezes, difíceis de vencer.
RECHAÇAR AO CAIR EM TENTAÇÃO OU VÍCIO DEPENDE DA DISPOSIÇÃO DE MANTER OU QUEBRAR A LEI.
Há certos manjares nocivos, que devem ser excluídos da mesa do aspirante, para assegurar uma boa saúde até a velhice.
Convém distinguir o necessário do supérfluo, para não cair no vício da gula. Todo supérfluo é nocivo porque se converte em resíduo dentro do tubo digestivo e produz intoxicação ou autoenvenenamento.
Toda iguaria de difícil digestão, demasiado excitante, é tóxica e por conseguinte nociva, embora não se notem seus imediatos efeitos, estes minarão a saúde e, quando menos se pensar, manifestar-se-á a enfermidade.
A maioria das carnes é pouco conveniente à saúde, embora não se possa qualificar de nociva, senão a carne de porco. As carnes de vaca, vitela e carneiro são aceitáveis, como também os peixes frescos.
1 ) Deve-se eliminar da cozinha as vísceras de rezes (tripas, bofes, fígado, cabeça, sangue, rins e língua); somente são tolerados os miolos.
2 ) Conservas, carnes e vísceras de porco.
3 ) Mexilhões, caracóis, caranguejos, lagostas, ostras e toda espécie de moluscos. Todas estas iguarias devem ser eliminadas, porque as vísceras são as partes mais carregadas em toxinas; não são assimiláveis, e como alimento são muito deficientes.
As conservas são muito piores; tolera-se apenas o presunto cozido. Os demais são bastante nocivos pelas especiarias, pimentas e outros ingredientes. Muitas vezes, também, as conservas são portadoras de TRIQUINAS ou VERMES, que, ao penetrarem no corpo, proliferam e passam ao sangue, deste aos músculos, nos quais se fixam, com evidente perigo de vida para a criatura.
Os moluscos e os crustáceos são indigestos e podem estar contaminados pela água donde vieram.
O peixe fresco é tolerado, porém é altamente venenoso quando deteriorado. O iogurte e o Kefir são os melhores alimentos para o organismo, porque estimulam a produção dos leucócitos ou células do sangue que têm a propriedade de destruir os germes das moléstias infecciosas.
A gula figura na lista dos pecados capitais. Disse Hipócrates: MAIS MATOU A GULA QUE A ESPADA, e isto é uma grande verdade. Todas as enfermidades, ou a maioria delas, provêm da carência ou do excesso de alimentação.
Todas as doenças do tubo digestivo ou do sangue, tais como a gota, a dispepsia, a albuminuria… têm sua origem na GULA.
O vômito aparece quando o aparelho digestivo foi obrigado a trabalhar mais do que o que comumente pode, devido ao excesso de alimento, mastigação deficiente, ou envenenamento.
A má digestão se dá porque o aparelho digestivo, sobrecarregado, deixa de digerir o excesso e este se putrefaz nos intestinos, formando cólicas, cãibras, tifo, varíolas, disenterias, apendicites, hemorroidas etc…
Quando se come mal, tem-se má digestão, sendo o quilo forçosamente impuro e tão espesso que fluirá penosamente pelos vasos quilíferos, comunicando seu espessamento ao sangue, ocorrendo o risco de se formarem grumos, que não podendo passar pelos vasos capilares, se estagnam em um dos vasos do cérebro, ocasionando a morte repentina, por embolia.
A esta morte estão sujeitos os glutões.
A gula intensifica as inclinações grosseiras, desperta o apetite sexual; a impureza chega embotar as faculdades intelectuais e faz do homem uma espécie de suíno, pois o suíno é o único animal que não se sacia nunca.
Os aperitivos, os excitantes da gula são perigosos e agem contra as leis da saúde.
Um alimento é mais saudável quando o é mais natural, isto é, sem muito tempero e condimento. Todo condimento é uma questão de costume ou de necessidade.
Devem ser absolutamente proibidos por serem nocivos à saúde os seguintes condimentos: pimenta, noz moscada, cravo, canela, baunilha, vinagre e mostarda. São permitidos, porém sem abuso: sal, açúcar, mel e limão. Porém o limão fora das refeições é muito recomendável em vários casos de enfermidades.
Os condimentos saborosos e que não causam dano ao organismo são: sal, açúcar, mel, erva-doce, louro e limão de acordo com o paladar e a iguaria.
O limão substitui o vinagre em tudo e pode servir para temperar vários alimentos.
Deve-se evitar as receitas culinárias, que de nada valem para a saúde. A sensatez é tão característica da verdade, quanto da saúde. Um bom almoço é suficiente para a manutenção do homem, sempre que se saiba combinar a quantidade com a qualidade e a variedade dos alimentos segundo as estações do ano, o clima, a profissão e as condições econômicas.
Pela manhã, uma hora depois de levantar-se e assear-se deve-se tomar o desjejum racional, e à noite, ao chegar do trabalho, pode-se tomar uma ligeira refeição segundo a necessidade, mas não segundo o apetite.
Cada profissão necessita de um tipo especial de alimentação. As profissões sedentárias, que obrigam o indivíduo a trabalhar sentado, como os empregados de oficinas, escritórios, despachantes, funcionários públicos e alguns ofícios, como sapateiros, alfaiates, modistas, relojoeiro, etc. devem usar alimentos leves, tais como: leite, aveia, tapioca, pão preto, mel, cereais e frutas em geral. Não devem comer carnes, nem gordurosas, porque os alimentos muito gordurosos provocam a adiposidade.
No regime dos que fazem grandes esforços devem predominar os alimentos hidrocarbonatos, que proporcionam energia muscular.
Há uma pauta ou ração-tipo, que determina em gramas o mínimo que se pode absorver das várias substâncias e de acordo com a idade, que é a seguinte:
Idade – Albuminas – Gorduras – Hidrocarbonatos
Jovens – 80 – 50 – 400
Adultos – 120 – 60 – 400
Adultas – 95 – 50 – 400
Anciãos – 100 – 70 – 400
Anciãs – 80 – 50 – 400
Operários (trabalho pesado) – 150 – 100 – 500
Antigamente, dividiam-se os alimentos em: alimentos de reserva e alimentos de poupança.
A gordura é um alimento de reserva, porém não é digerida, e sim, impulsionada ou misturada intimamente com o sangue, donde sai para se depositar sob e pele, formando o que se chama tecido adiposo, o qual forma o toucinho nos porcos. Este tecido adiposo serve de alimento ao homem em casos de enfermidade, dieta forçada, jejuns prolongados ou nutrição deficiente.
Há certas substâncias que reparam as perdas de albumina dos tecidos e se chamam alimentos de economia, tais como o leite, o açúcar de fruta, o mel e os amidos.
Embora se considere o regime misto como o mais apropriado para todo o mundo, sem embargo, somos obrigados a respeitar os hábitos de comer carne. Por isso devemos aconselhar aos que se alimentam de carne, a só consumi-la na base de 100 gramas de carne de vaca, vitela, carneiro, galinha, frango, e isto mesmo só ao almoço do MEIO-DIA e nunca pela manhã ou ou ao jantar.
Não se deve tomar caldo de carne porque contém todos os micróbios e venenos, que expeliu a carne na água. É verdade que o POBRE fígado se encarrega de destruir tais venenos, porém mais tarde sobrevêm uma enfermidade infecciosa ou mesmo uma febre, cuja causa não se sabe a que atribuir.
De maneira que o caldo e o suco ou extrato de carne constituem mais um refúgio do que um alimento.
A maneira menos perigosa de preparar a carne é fervê-la bem em água, até que elimine as impurezas e depois guisá-la com legumes, raízes ou verduras.
A carne assada ou frita é indigesta e sempre retém, por ser meio crua, muitas toxinas.
O peixe pode ser tolerado se for fresco, e feito cozido sem tempero. Nunca frito, nem com pimentas.
De todo modo se deve evitar comer carne ou peixe diariamente; deve-se alternar a alimentação com laticínios, ovos e verduras.
Deveres do aspirante para com o corpo: TEMPLO DO ESPÍRITO.
1° – Mastigar bem os alimentos.
2° – Tomar, aos goles, dois litros de água por dia.
3° – Fazer uma lavagem intestinal por semana, com água morna.
4° – Banho genital com água fria, duas vezes ao dia, antes de cada comida, com 10 minutos de duração cada vez. Este banho é vigorizador e energético.
5° – Aspirar, pelo nariz, pelo menos cem vezes ao dia; uma inspiração lenta, completa, como quem aspira o perfume de uma rosa.
6° – Fazer uma fricção geral, com uma toalha molhada em água fresca, à noite antes de dormir ou de entrar no leito.
7° – Repetir, conscientemente, uma afirmação como a seguinte: “EU SOU” DEUS EM AÇÃO NESTE CORPO QUE É MEU TEMPLO. “EU SOU” A SAÚDE NESTE CORPO.
8° – Viver sempre alegre! Assim já estareis no caminho da superação e do triunfo que não admitem pessimismo, nem tristeza.
————-
Autoria do texto acima: Dr. Jorge Adoum (Mago Jefa)
https://www.gnosisonline.org