Plutarco (em grego antigo: Πλούταρχος, translit.Ploútarkhos, IPA: [plŭːtarkʰos]) ou Lucius Mestrius Plutarchus (em grego, Λούκιος Μέστριος Πλούταρχος), nome que adotou ao se tornar cidadão romano ca. 46 d.C. – 120 d.C., foi um historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo médio platônico grego, conhecido principalmente por suas obras Vidas Paralelas e Moralia.
Vida
Pertencente a uma
família proeminente, nasceu em Queroneia, na Beócia, a cerca de 30 quilômetros
a leste de Delfos. Viajou pela Ásia e pelo Egito, viveu algum tempo em Roma e
foi sacerdote de Apolo em Delfos em 95 d.C. O seu enorme prestígio valeu-lhe a
obtenção de direitos de cidadão em Delfos, Atenas e mesmo em Roma (Mestrius
Plutarchus).
Estudou matemática e
filosofia no Academia em Atenas sob Amônio de Atenas de 66 a 67[3].
Após concluir sua
educação, visitou o Egito. A "sabedoria dos egípcios" sempre fascinou
os gregos e neste período, a Alexandria com sua famosa biblioteca, era um
importante centro da atividade intelectual grega.
O evento mais
importante de sua vida, é sem dúvida quando viajou para a Itália e para Roma,
onde aprendeu um pouco de latim. Em Roma, pesquisou sobre antiguidades e
lecionou filosofia e outros assuntos. Muitas dessas aulas foram depois refeitas
por ele em vários pequenos tratados, sobre vários assuntos sob o título de
Moralia.
Em algum momento,
Plutarco assumiu cidadania romana. Como evidenciado por seu novo nome, 'Lucius
Mestrius Plutarchus', o seu patrocinador para a cidadania era Lucius Mestrius
Florus, um cônsul romano de quem Plutarco também usou como uma fonte histórica
para seu escrito A vida de Oto.
Plutarco morreu entre
os anos 119 e 120 em Delfos.
Trabalho como magistrado e embaixador
Além de suas funções
como sacerdote do templo de Delfos, Plutarco também foi um magistrado em
Queroneia e representou sua pátria em várias missões em países estrangeiros.
Plutarco ocupava o cargo de arconte em seu município natal, provavelmente,
apenas um projecto anual que provavelmente onde serviu mais de uma vez. Ele
ocupou-se com todos os pequenos assuntos da cidade e realizando até as mais
humildes tarefas.
Vidas Paralelas
Os primeiros trabalhos
biográficos escritos por Plutarco eram as vidas dos imperadores romanos, de
Augusto a Vitélio. Destas, restaram apenas as Vidas de Galba e Otão. Das obras
A Vida de Tibério e A Vida de Nero existem apenas fragmentos, fornecidos por
Damáscio (A Vida de Tibério, cf. em sua obra Vida de Isidoro) e pelo próprio
Plutarco (Vida de Nero, cf. Galba 2.1), respectivamente. Estes primeiras
biografias dos imperadores foram provavelmente publicadas sob a dinastia dos
Flávios, ou durante o reinado de Nerva (96–98 d.C.).
Filosofia
Plutarco - Não preciso
de amigos que mudem quando eu mudo e concordem quando eu concordo - A minha
sombra faz isso muito melhor.svg
Plutarco era um
platônico, mas era aberto a influência dos peripatéticos e em alguns detalhes
até mesmo tendendo ao estoicismo, apesar de sua polêmica contra os seus
princípios. Ele rejeitou em absoluto somente o epicurismo. Interessado em
questões morais e religiosas, atribuiu pouca importância às questões teóricas e
duvidou da possibilidade de algum dia estas questões serem resolvidas.
Em oposição ao
materialismo estóico e ao "ateísmo" epicurista, alimentou a ideia de
Deus que estava mais de acordo com Platão e adotou um segundo princípio
(díade), a fim de explicar o mundo fenomenal. No entanto ele buscou esse
princípio não em uma matéria indeterminada, mas na maligna alma do mundo que
desde o início está ligada à matéria, mas no momento da criação era cheia de
razão e fora arranjada por ela, assim, a alma do mundo foi transformada em alma
divina do mundo, mas continuou a funcionar como a fonte de todo o mal.
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