Máfia da Doença:
Denuncia médico Por Dr. Victor Sorrentino Cirurgião Plástico.
Se você se assustou com o título deste artigo certamente vai se impressionar ainda mais com o relato que vou fazer. O momento é propício para a reflexão, sem generalizar ou tentar buscar respostas fáceis, sobre uma verdadeira máfia da doença.
Se você se assustou com o título deste artigo certamente vai se impressionar ainda mais com o relato que vou fazer. O momento é propício para a reflexão, sem generalizar ou tentar buscar respostas fáceis, sobre uma verdadeira máfia da doença.
Hoje minha intenção é fazer você refletir. Vou
falar sobre a verdade do sistema farmacêutico no Brasil, onde profissionais
ganham comissões, viagens, jantares e congressos, tudo para que simplesmente
prescrevam medicamentos à população. Sem dúvida alguma esta é uma das
reportagens mais assustadoras que você verá em termos de saúde, sobre uma
verdadeira máfia da doença.
Esta é uma história verídica que presenciei e vou,
com toda certeza, fazê-los pensar muito. Vou resumi-la para que vocês entendam
o recado diretamente:
Gustavo (nome fictício) descobriu que era portador
de um tumor de reto (câncer de intestino) há alguns meses. Estava bem, mas com
única queixa de sangramento ao evacuar. Desespero familiar e pessoal, primeiro
caso na família, homem jovem (50 anos), de hábitos de vida e alimentação
saudáveis. Foi levado aos especialistas conhecidos como “professores”, “PhDs”
na cidade do Rio de Janeiro e a decisão foi tomada: apesar de não haverem
evidências de metástase, ele entraria no protocolo da Quimioterapia seguida de
Radioterapia e depois seria submetido a cirurgia curativa.
Como ele tem médicos na família, a decisão teve forte
apoio familiar e confiança total no protocolo indicado. Em seu caso, indicaram
uma Quimioterapia nova, com doses orais e um tratamento particular. Naquele
“jogo” habitual de um médico mandando pro outro para estabelecerem um
tratamento “ideal”, o tratamento foi iniciado.
Lembro como se fosse hoje, de ter passado algumas
noites pensando sobre o que eu poderia fazer para ajudá-lo, já que toda
estrutura da minha Clínica fica em Porto Alegre e que, mesmo assim, muito do
que eu aconselharia, poderia trazer sérios problemas sociais de minha opinião,
com a opinião mais ortodoxa dos familiares médicos. Passei dias pensando na
frase que ouvira não só de um de meus maiores mestres, Dr. Lair Ribeiro, bem
como da boca de outros muitos cientistas desvinculados às indústrias
farmacêuticas: “Grande parte dos pacientes com Câncer não morrem do câncer, mas
sim das Quimioterapias”.
Decidi ir até ele, e ainda no primeiro dia de seu
tratamento fui claro e objetivo. Disse-lhe que se fosse Eu, em seu caso, sem
metástases, não faria Quimioterapia. O motivo é longo, mas fundamentalmente
baseado no fato de que ninguém sabe o que pode acontecer de efeitos colaterais
com estes venenos. Se fosse realizado somente a Radioterapia na busca de
diminuir o Tumor e, posteriormente uma Cirurgia para removê-lo, com toda
certeza a segurança era muito alta de resolução do problema.
Portanto, Quimioterapia para que? Para talvez uma
possibilidade de, no futuro, não ter recidiva? E como acreditar nisso, se nunca
comparamos os indivíduos com eles mesmos para saber se realmente vale a pena ou
não nestes casos? Vejam bem, estou falando sobre um caso isolado, pois em
outros tipos de tumores, as abordagens podem ser diferentes e mesmo minha
opinião sobre Quimioterapia pode ser positiva.
Mas isso me motivou a pesquisar, pesquisar e ver
que por coincidência, a única classe de medicamentos NO MUNDO que até hoje
nunca precisou ser comparada a placebo (pílula de farinha ou açúcar), foram os
Quimioterápicos. Muito estranho, pois a resposta da indústria farmacêutica é
que esta doença é muito importante, que não há espaço para se comparar com
placebo.
Então, resumindo:
•Nunca testamos a
diferença das quimioterapias em termos de recidiva, com tratamento placebo!
•Milhares de pessoas
morrem por efeitos adversos destes venenos!
•Se realizar a cirurgia
estaremos “nos livrando” do problema!
•Só Deus sabe se no futuro
haverá recidiva (existem muitos detalhes aqui a serem ditos)!
A máfia da doença
Bom, não tinha como eu não ir lá e falar com
aquele homem, colocar pra fora a angústia que me prendia ao conhecimento que
tinha comigo. Ao mesmo tempo sabia que seria somente uma voz, que apesar de ter
muita confiança por parte dele, não transcenderia a opinião daqueles super
especialistas. E na verdade, inclusive quando fui até o Dr. Lair Ribeiro para
pedir-lhe opinião, fui aconselhado a não interferir, por diversos motivos.
A evolução do tratamento passou a ser drástica e
triste, pois já no quarto dia da quimioterapia o homem estava em uma situação
absolutamente debilitada, nem parecia mais aquele homem enérgico e com toda
vida que conhecera, e já aproximadamente no sétimo dia ele teve que ser
internado em um hospital de médio porte.
A situação se agravou, a CTI daquele hospital não
tinha condições para atendê-lo quando o quadro evoluiu para insuficiência
respiratória, e graças então ao familiar, depois de muita luta para tentar
conseguir uma vaga em um hospital que pudesse mantê-lo vivo, a transferência
foi feita.
Situação de tristeza familiar, transtorno para
toda aquela família que teve que se deslocar ao Rio de Janeiro para lutar junto
daquele homem diariamente, desestabilização financeira, psicológica, enfim
aquela história que não desejamos nem aos nossos piores inimigos (para quem os
tem).
Os efeitos da Quimioterapia mantiveram-no em coma
por quase 3 meses e, coincidentemente, no leito ao lado (em um dos melhores e
mais bem equipados hospitais do Rio de Janeiro), também estava uma pessoa em
coma devido a efeitos colaterais de quimioterápicos. Luta, comoção. Eu mesmo
visitei-o frequentemente e fiz questão de encostar nele e incentivar todo
familiar que fizesse a higiene adequada e também o fizesse, ao contrário de
todos os “avisos” dizendo para encostar o mínimo possível no paciente pelo
risco de infecção. Mas pedi que todos tivessem somente pensamentos positivos,
concentrassem suas energias em coisas boas e nunca em tristeza e piedade por
aquela situação.
Quem chegasse ao lado dele, apesar da cena
assustadora inclusive para médicos, com a pele completamente alterada e
parecendo queimada, sem cabelos, emagrecimento com edema generalizado e todos
os aparelhos possíveis, tinha que sorrir, conversar com ele em tom firme, ter
certeza de que melhoraria e passando através das mãos sobre qualquer parte de
seu corpo, um feixe de energia potente, de luz amarelo ou dourado brilhante
(baseado em conceitos cromoterápicos milenares).
Bem, mas passados 3 meses ele saiu do coma, indo
contra qualquer opinião médica possível, pois todos eram enfáticos em dizer que
as chances eram mínimas (e eu como médico sei que estavam ali falando
exatamente a verdade dos fatos). Saído do coma foi para o leito e, após mais 1
mês recuperando-se, conseguiu sair do Hospital, porém com o seu foco do problema
(o Câncer), absolutamente em segundo ou último plano. O objetivo durante toda
internação, foi salvar a sua vida dos efeitos da Quimioterapia e só. E a partir
do momento em que se iniciou o quadro dos efeitos maléficos, vocês sabem
quantas vezes aquele médico professor PhD e super especialista que indicou o
tratamento, se pronunciou ou ao menos foi até o hospital ver o que havia
acontecido e explicar o porque? NENHUMA!
Parece brincadeira, mas não é! O trabalho daquele
profissional foi simplesmente indicar uma droga (sabe-se lá com quais reais
motivos) e lavar as mãos para o que poderia ou não acontecer, afinal de contas,
ele estaria protegido pelo Protocolo. Todos prescreveriam algum quimioterápico,
pois faz parte do protocolo de tratamento. Mas vocês querem saber o que eu
peso? Me desculpem a expressão, mas “que se dane o protocolo”, não estamos
tratando robôs nem animais irracionais! Lidar com pessoas, necessita individualização
de condutas, personalização de opções terapêuticas e análise criteriosa de
riscos X benefícios.
Medicamentos
Máfia da Doença: médicos que podem matar pacientes
Se este tipo de conduta pode levar o paciente à
morte sem nenhuma garantia de que no futuro irá de fato evitar uma recidiva, ao
passo que o outro tratará diretamente o problema, o mínimo desejável e esperado
é que as coisas sejam esclarecidas com paciente e família. O mínimo é
honestidade, ponderação, humanização. E depois do problema, simplesmente dizer
que ele caiu na estatística e que poderia acontecer, e que a culpa é do câncer?
Nem se quer ir até o Hospital e a família ser obrigada a contratar, em caráter
obrigatório e particular, um médico que possa acompanhar e tentar resolver a
situação dentro do CTI, se tornando o médico responsável? Parece piada,
sinceramente!
Sim, revolta, mesmo eu sendo médico, sabendo que a
maioria dos médicos não compactuam com estas atitudes, mas também sabendo que,
como os próprios familiares médicos fizeram, acabamos acreditando que era
realmente a única e correta opção, pois aprendemos nas universidades que os
protocolos devem ser seguidos independente do caso e atrás disto, nos
escondemos e eximimos da responsabilidade da consciência pessoal literalmente.
E esperem aí, porque a história ainda não
terminou! Um dos efeitos colaterais dos quimioterápicos foi uma queimadura
extensa também a nível interno das mucosas e o esôfago estenosou (fechou,
colou). Resultado disto: alimentos não passam mais pelo trato digestório e ele
está sendo obrigado a se alimentar por uma sonda colocada através da pele
diretamente no estômago todos os dias, mesmo após 3 meses fora do Hospital.
Neste período ele está se recuperando, que fique
claro, não do câncer, mas da quimioterapia), se alimentando por sonda, ou seja,
necessita sempre de ajuda para o preparo, caminhando agora com muletas, pois
passou boa parte do tempo sem conseguir firmar as pernas devido a uma grande
perda de massa muscular e, enfim, buscando estar recuperado para a próxima
etapa.
A situação atual é que ele retomou somente a
radioterapia para tentar desta vez diminuir o Tumor, depois será submetido a
uma cirurgia para removê-lo, depois recuperação e, por último, a parte mais
delicada e perigosa: tentativa de reconstrução do trânsito digestivo através de
uma complicada cirurgia.
Mas vamos aos fatos e deixem-me tentar respirar
profundamente, secar meus olhos cheios de lágrimas, e pontuar o objetivo deste
meu post: será realmente que estamos no caminho correto? É esta medicina
avançada que temos em pleno 2014? Como confiar neste tipo de abordagem? Quais
são os interesses que estão movendo parte de nossa ciência?
As questões são inúmeras, eu tenho boa parte das
respostas e você deve tentar construir as suas, pois já lhes dei aqui muita
informação para fazê-lo.
Gostaria de lembrar que NUNCA tenho objetivo de
generalizar uma comunidade inteira de médicos, nem mesmo das especialidades.
A você, que está lendo este post, agradeço por
fazer parte de uma corrente em busca de mudanças. Agradeço o interesse pela
saúde e peço que compartilhe, principalmente as reportagens, pois precisamos
acordar para uma realidade diferente. É injusto generalizarmos classes, porém
se quisermos justiça devemos fazer a nossa parte para atingi-la.
Fonte:
http://doutissima.com.br/2014/01/28/mafia-da-doenca-a-quimioterapia-mata-mais-do-que-o-cancer-denuncia-medico-38414/