Os deuses da Antiguidade e a Atlântida |
A descrição da civilização de Atlântida fornecida por Platão, em Timeo e Crítias, pode ser assim resumida: No princípio dos tempos, os “deuses” dividiram a Terra entre si de acordo com suas respectivas dignidades [poderes e inclinações].
Cada um se tornou divindade principal em seu território onde foram erguidos templos, símbolo da grandeza daqueles “deuses”; templos dirigidos por cleros de sacerdotes onde eram realizados rituais, entre os quais, os sacrifícios…
Atlantis and the Gods of Antiquity por Manly P. Hall - “In The Secret Teachings of All Ages”, 1928
… A Poseidon, coube o mar e a Ilha continental chamada Atlântida. No centro da ilha existia uma montanha, morada de três seres humanos, primitivos filhos da Terra: Evenor, sua mulher Leucipa e sua única filha, Clito …
Em 30 de junho de 1915 os Atlantes foram o tema de um pequeno mas importante artigo que apareceu no Annual Report of the Board of Regents of The Smithsonian Institution [Relatório Anual do Conselho dos Regentes do Instituto Smithsoniano*. Eram as notas da "hipótese Atlante", um texto que, anos antes, em 1912, o autor, M. Pierre Termier, membro da Academy of Sciences [Academia de Ciências] e diretor do Service of the Geologic Chart of France [Serviço de Carta Geológica da França - Cartografia] tinha apresentado ao Institut Océanographique [Instituto Oceanográfico]. Eis um trecho:
“Depois de um longo período de desdenhosa indiferença, observa-se que nos últimos anos [início do século XX] a ciência volta a se interessar pelos Atlantes. Naturalistas, geólogos, zoólogos, botânicos, estão perguntando se Platão não teria registrado para a posteridade, com pequeno exagero, uma página da História da Humanidade. Nenhuma afirmação é, ainda, permitida; porém, parece cada vez mais evidente que uma vasta região, continental ou constituída de grandes ilhas, desapareceu a oeste das Colunas de Hércules, hoje o estreito de Gibraltar, a saída do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico e que esse desaparecimento ocorreu em passado não muito distante (em 10.986 a.C.). De todo modo, a questão dos Atlantes novamente se apresenta diante dos cientistas e eu creio que não poderá ser resolvida sem o auxílio da Oceanografia. Por isso, é natural discutir isso aqui, no templo da ciência marítima, lembrando que essa hipótese, por longo tempo deixada de lado, agora, deve ocupar seu lugar entre os interesses dos oceanógrafos e daqueles que, imersos no tumulto das cidades puderem emprestar os ouvidos aos murmúrios distantes do mar.”
No texto, Mr. Termier apresenta dados geológicos, geográficos e zoológicos que sustentam a Teoria Atlante. Se o leito do oceano Atlântico fosse drenado seria possível ver que seu relevo irregular, passando por terras emersas em uma linha que vai das Ilhas Açores à Islândia, é constituído de solo vulcânico até 3 mil metros de profundidade. A natureza vulcânica das ilhas e todo o território emerso e submerso hoje existentes no Atlântico reforçam a informação de Platão de que o continente Atlante foi destruído por um cataclismo tectônico-vulcânico. [Ou, segundo a linguagem ocultista, pela água e pelo fogo] Também o zoólogo francês M. Louis Germain, admitiu um continente Atlante conectado com a península Ibérica e a Mauritânia, prolongando-se rumo ao sul, incluindo regiões de clima desértico.
A descrição da civilização de Atlântida fornecida por Platão, em Timeo e Crítias, pode ser assim resumida: no princípio dos tempos, os “deuses” dividiram a Terra entre si de acordo (n.t. existe uma breve referência à esta divisão do planeta na Bíblia, em Gênesis, 10:25: ”E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue,porquanto em seus dias se repartiu a terra, e o nome do seu irmão foi Joctã”.) com suas respectivas dignidades [poderes e inclinações]. Cada um se tornou divindade principal em seu território onde foram erguidos templos, símbolo da grandeza daqueles “deuses”; templos dirigidos por cleros onde eram realizados rituais, entre os quais, os sacrifícios. A Poseidon, coube o mar e a Ilha continental chamada Atlântida. No centro da ilha existia uma montanha, morada de três seres humanos, primitivos filhos da Terra: Evenor, sua mulher Leucipa e sua única filha, Cleito.
O Livro Timeu e Crítias onde Platão descreve Atlântida
A donzela possuía grande beleza. Quando seus pais morreram, foi cortejada por Poseidon e desse namoro nasceram cinco pares de filhos [todos varões]. Poseidon, então, dividiu a ilha-continente em 10 distritos, um para cada filho e designou o mais velho, Atlas, imperador dos nove reinos, líder entre os irmãos.
A ilha-continente foi, então, por desejo de Poseidon, chamada Atlântida e o oceano, Atlântico, em honra ao primogênito Atlas. O Império Atlante era geopoliticamente configurado em círculos concêntricos, alternando faixas de terra e faixas de água, marcando as diferentes zonas/reinos. Na região central, duas faixas de terra eram irrigadas por três anéis, de água: dois eram fontes de água morna; um de água fria.
Platão falou, ainda, das pedras brancas, negras e vermelhas usadas na construção dos edifícios públicos e docas da capital de Atlântida, Poseidonis. Cada faixa de terra era delimitada por uma muralha tripla: a exterior, feita de bronze; a do meio, de estanho e a muralha interior, voltada para a cidadela, era recoberta chamado de oricalco [um mineral atlante misterioso hoje desconhecido]. Além de todos os palácios, templos e edificações preciosas, no centro do centro, havia um santuário dedicado a Cleito [Clito] e Poseidon. Ali tinha sido o local de nascimento dos 10 príncipes de Atlântida onde, todos os anos, seus descendentes entregavam oferendas.
Uma construção grandiosa da cidadela, o Templo de Poseidon era externamente revestido de prata e suas torres, de ouro. No interior, mármore, mais ouro e prata e oricalco, do piso às pilastras. O templo abrigava uma estátua colossal de Poseidon conduzindo os seis cavalos alados de sua carruagem, acompanhado de centenas de Nereidas cavalgando golfinhos. Nos jardins, estátuas de ouro representando os primeiros dez reis de Atlântida e suas rainhas.
Concepção artística de Atlântica e sua localização entre o norte da atual América do Sul e do Brasil, oeste da África e à leste dos EUA, uma imensa ilha/continente que teria afundado em violentos cataclismos em torno de 10.986 a.C. evento que dá base para o Dilúvio bíblico de Noé.
Nos bosques e jardins, fontes de águas quentes e frias, e outros tantos templos dedicados a várias divindades, ginásios esportivos para homens e animais, banhos públicos e pistas para corridas de cavalos. Fortificações erguiam-se em pontos estratégicos dos círculos e um grande porto recebia navios de outras nações do mundo. Em Atlântida havia cidades/distritos tão populosas que os sons de vozes humanas estavam sempre no ar.
A costa da ilha era constituída principalmente de terreno escarpado, muito íngreme mas a cidadela central era plana, rodeada de colinas de grande beleza. Os campos rendiam duas colheitas por ano: no inverno, alimentados por chuvas regulares e, no verão, irrigados pelo sistema de canais, que também era usado como via de transporte. Essas planícies eram divididas em secções; em tempos de guerra cada secção era protegida por um contingente de guerreiros e carruagens.
Na ordem geo-socio-política, os reis eram soberanos que tinham total controle sobre seu próprio território mas suas relações mútuas eram regidas por um código, elaborado pelo primeiro rei de Atlântida e gravado em uma coluna de oricalco no templo de Poseidon. Em intervalos de tempo de cinco a seis anos, os reis peregrinavam até o templo. Na ocasião, cada um dos reis renovava seu juramento de fidelidade – diante do código sagrado.
Uma Pirâmide de Cristal. Ruínas submersas de uma civilização esquecida. Localizam-se nas águas das Bahamas, no MAR DO CARIBE.
Vestiam túnicas azul-celeste e sentavam-se para deliberar. Ao amanhecer, registravam suas decisões por escrito sobre tábuas de ouro, envolviam as tábuas nos mantos e guardavam tudo em um memorial. A lei máxima dos reis atlantes proibia a guerra entre os reinos-irmãos e estabelecia um compromisso de assistência mútua entre os reinos em caso de ataques externos.
A decisão final sobre assuntos de guerra era uma atribuição exclusiva dos descendentes de Atlas, [o primogênito de Poseidon] mas nenhum rei tinha poder de vida e morte sobre os súditos sem o consentimento da maioria do Conselho dos Dez.
Platão finaliza seu relato contando que o grande império Atlante, um dia, atacou as cidades-estados gregas, fato que aconteceu em uma Atlântida já decadente, cujos reis haviam se desviado, irremediavelmente, dos caminhos da sabedoria e da virtude. Tomados por insana ambição, aqueles últimos reis desejaram conquistar todo o mundo.
Na foto ao lado, vestígios de calçamento de estrada submerso, a famosa Estrada de Atlântida, em Bimini.
Então, [e aqui documento se mistura com lenda e alegoria], Zeus, percebendo a maldade e degeneração dos atlantes, reuniu os deuses na “santa morada”… E assim termina, em Crítias, abruptamente, a história de Platão sobre a Atlântida. No Timæus, a descrição do fim da Atlântida, mais generosa, é atribuída a Sólon, que teria obtido as informações de um sacerdote egípcio. Nesse texto, o fim da Atlântida e de seus reis ambiciosos e expansionistas precipita-se sob os desígnios de forças naturais; é o cataclismo:
“Ocorreram violentos terremotos e inundações e, em um único dia e uma única noite de temporais, terremotos e erupções vulcânicas todos os guerreiros atlantes e todo o povo desapareceram da face da Terra assim como a grande ilha continente, que submergiu, engolida pelo mar.
Essa é a razão pela qual o oceano, naquela região é impenetrável, intransitável, porque as águas, rasas, [aterradas] são densas e impregnadas de lama e lodo; porque ali afundou a grandiosa Atlântida (em 10.986 a.C.).”
Na introdução de sua tradução do Timæus, Thomas Taylor se refere a uma History of Ethiopia [História da Etiópia], escrita por Marcellus, onde a Atlântida é mencionada: Naquele tempo existiam sete ilhas no Oceano Atlântico. Eram ilhas consagradas aos deuses: uma “pertencia” a Proserpina; três outras, de enormes dimensões, eram as terras de Plutão, Amon e Netuno.
Ao lado o deus do mar Poseidon ou Netuno [para os Romanos], como divindade, regente dos mares; historicamente, seria o fundador da Atlântida, cuja última capital se chamava POSEIDONIS.
Crantor, filósofo grego comentando Platão, lembra que, segundo os egípcios, a história do reino perdido foi escrita sobre os pilares que ainda restavam, nas ruínas das ruínas, 300 anos antes de Cristo, no Egito. Ignatius Donnely, que estudou profundamente a Atlântida, acreditava que os cavalos foram animais domesticados pelos Atlantes e, por isso, os cavalos são, por tradição mítica, sagrados em associação com Poseidon.
Os Mistérios Atlantes
Nas profundezas do oceano Atlântico, parece que jazem os restos de um continente. …Por todo o litoral atlântico ─ de ambos os lados do oceano (nas Américas do Sul, Central e Norte e na costa oeste da África e Europa) ─ tribos e nações não conseguiram esquecer a sua existência. …O nome, em grande número de línguas, quase sempre contém os sons A-T-L-N. …
Lembranças de um continente desaparecido parecem ser instintivamente compartilhadas até por animais. …Aves, em suas migrações sazonais da Europa para a América do Sul, ficam circulando por sobre a mesma área do Atlântico, talvez à procura, sem sucesso, do local onde seus ancestrais um dia descansaram.
A raiz ATL também significa água em muitas línguas ancestrais. Também existe a Cordilheira do ATLAS, uma cadeia de montanhas no noroeste da África que se estende por 2.400 km através de Marrocos, da Argélia e da Tunísia, e ainda inclui Gibraltar. O pico mais alto é o Jbel Toubkal, com 4.167 m, localizado no sul de Marrocos. As montanhas do Atlas separam as margens do Mar Mediterrâneo e do oceano Atlântico do deserto do Saara.
Um Nome ─ Um vestígio:
Autores antigos, greco-romanos designavam as tribos do noroeste da África… como atalantes, atarantes. [Outros] autores clássicos, como atlantioi …As tribos berberes da África setentrional conservavam suas próprias lendas sobre Attala, um reino guerreiro localizado ao largo da costa africana, com ricas minas de ouro, prata e estanho, e que enviavam para a África não apenas esses metais, mas também exércitos conquistadores. Attala está agora submersa no oceano mas, segundo uma profecia, reaparecerá um dia. Os bascos, habitantes do sudoeste da França e norte da Espanha, acreditam-se descendentes de Atlântida, a que chamam Atlaintika. Marinheiros fenícios e cartagineses eram notoriamente familiarizados com uma próspera ilha ocidental por eles chamada Antilla.
No RAMAYANA, Mahabharata e nos Puranas, escritos sagrados muito antigos da ÍNDIA existem referências a Attala ─ a Ilha Branca ─ continente localizado no oceano ocidental, e a guerra de RAMA contra os demônios Asuras, descrita no Ramayana (o Caminho de Rama) seria a narrativa de um grande conflito que houve entre o reino de Atlântida e o reino deBharata (como a ÍNDIA era conhecida naqueles tempos remotos). Nas Américas Central e do Sul e parte do território do México, os nativos, astecas, se acreditavam originários de Aztlán, uma ilha que para eles situava-se no oceano oriental. A palavra ATL(N) significa água em várias linguas nativas da África e Américas.
Herança Atlante:
É possível que religião, filosofia e conhecimentos científicos dos sacerdotes da Antiguidade sejam uma herança da civilização Atlante que foi aniquilada levando para o fundo do mar, quase sem deixar vestígios, uma grandiosa página da história da espécie humana. Os Atlantes adoravam o sol, devoção que foi perpetuada entre pagãos e cristãos. A cruz e a serpente eram [e ainda são] emblemas que, entre os atlantes, representavam a sabedoria divina.
Mitologias de muitas nações falam de deuses que “vieram do mar”. Entre nativos americanos, especialmente América Central e América do Norte, os shamans falam de homens adornados com plumas e conchas que saem das águas oceânicas para instruir o povo sobre artes e ofícios. Entre os caldeus [Mesopotâmia], existe Oannes, criatura meio homem, meio anfíbio, que sai do mar para instituir entre os selvagens os princípios da civilização: escrita, leitura, cultivo do solo, cultivo de ervas curativas, a ciência da astronomia, as formas de governo e os mistérios sagrados da religião. Também o “deus-Salvador” maia, Quetzalcoatl, (a Serpente Emplumada) saiu do mar e, depois de instruir e civilizar o povo, subiu ao céu e voou, de volta ao mar, à bordo de um barco mágico conduzido por serpentes para escapar da ira do “Espelho Flamejante”, o deus Tezcatlipoca.
Muitos estudiosos acreditam que esses “iniciadores”, “deuses-mestres”, semi-deuses que povoam as Eras Míticas, foram sacerdotes, homens de ciência ou apenas homens acostumados com artefatos e instituições da civilização que sobreviveram ao aniquilamento da Atlântida. Em todo o mundo, esses Mestres são lembrados como seres gloriosos, que usavam jóias, ouro, de sabedoria assombrosa e que tinham como símbolos do sagrado a cruz e a serpente.
Nos lugares onde viveram, esses Mestres promoveram a construção de grandes edifícios e templos que remetem à descrição do Grande Santuário da Cidade das Portas Douradas. Essa seria a origem das pirâmides do Egito, México e América Central [e outras, pouco faladas, como as pirâmides Chinesas]; o mesmo se aplica aos mounds [colinas artificiais] da Normandia e da Bretanha e numerosas edificações piramidais espalhadas por todo o globo. Possivelmente, o cataclismo que destruiuAtlântida aconteceu em meio a já um processo de colonização, de expansão territorial dos Atlantes pela Europa.
BIMINI
Sacerdotes Iniciados da Sagrada Chama, “missionários”, que prometeram voltar às suas colônias, nunca retornaram; e depois do intervalo de séculos a tradição manteve apenas relatos fantásticos sobre deuses que vieram do mar e voltaram ao mar. A ocultista e pioneira da teosofia no Ocidente, H. P. Blavatsky, escreveu sobre as causas esotéricas da destruição da civilização Atlante correspondente à Quarta Raça Raiz Humana [a atual é a Quinta Raça Raiz]: “Sob a influência do mal [corrupção] a raça Atlante tornou-se uma nação de magos negros. A primeira conseqüência foi a guerra. Essencialmente, essa situação foi desfigurada em alegorias como a saga de Caim, os Gigantes semidivinos, Noé, sua retidão de caráter e sua missão de preservar as sementes da Humanidade em uma Arca”.
A Natureza [a Deusa] acabou com a guerra e a corrupção afundando a Atlântida em meio ao caos das erupções vulcânicas, terremotos e maremotos. A lembrança dessa tragédia aparece nos livros sagrados contemporâneos, nos Dilúvios, de Gilgamesh ao Antigo Testamento judaico-cristão. A herança Atlante, não é, portanto, um baú de maravilhas: artes, tecnologia, ciências, filosofia, religião; também ódio, conflitos, intolerância, competição, discórdia, perversão, luxúria, egoísmo, também constituem um legado desses ancestrais (O MESMO MUNDO QUE ESTAMOS VIVENDO HOJE!!).
Os Atlantes teriam instigado a primeira grande guerra do mundo (DESCRITA NO RAMAYANA, contra a antiga ÍNDIA, então conhecida como BHARATA); todas as outras guerras subseqüentes foram travadas como esforço infrutífero de justificar aquela primeira e consertar/compensar prejuízos sofridos. Antes da submersão da Atlântida, uma minoria de Iluminados, percebendo que sua terra estava definitivamente amaldiçoada, desviada do Caminho da Luz, após receberem orientação superior, migraram para lugares distantes levando consigo a “Doutrina Secreta” de todos os saberes.
Entre estes refugiados, houve os que se estabeleceram no Egito onde se converteram, perante os olhos e o rude entendimento dos primitivos povos do local, nos “divinos legisladores”, seres sábios semidivinos. Outros, em outras partes do mundo, desempenharam papel semelhante gerando essa misteriosa cultura global que permeia a evolução de todas as grandes nações e impérios na história da Humanidade atual. Parece que todos sem exceção, após a destruição de sua terra, foram a semente para que uma nova civilização recomeçasse.
Tradução e adaptação: Ligia Cabús
{nota: Nos registros de um antiguíssimo Templo budista em LHASA, no TIBET, há para ser visto uma antiga inscrição caldéia inscrita cerca de 2.000 anos a.C. (ou mais antiga ainda…) onde se pode ler:
“Quando a estrela Baal caiu sobre o lugar onde agora é só mar e céu, as sete cidades com suas portas de ouro e seus templos transparentes tremeram e balançaram como as folhas de uma árvore na tempestade. E eis que um dilúvio de fogo e fumaça surgiu a partir dos palácios, a agonia e os gritos da multidão preencheram o ar. Eles procuraram refúgio em seus templos e cidadelas e o sábio Mu, o hierático sacerdote de Ra-Mu, se levantou e lhes disse:
“Será que eu não previ tudo isso”?
E as mulheres e os homens em suas roupas brilhantes e pedras preciosas se lamentavam:
“Mu, salve-nos.”
E Mu respondeu:
“Vocês morrerão junto com os seus escravos e suas riquezas materiais e de suas cinzas surgirão novas nações. E se eles também se esquecerem que são superiores, não por causa do que eles usam ou possuem, mas do ( bem e a Luz) que eles colocarem para fora de si mesmos, a mesma sorte vai cair sobre eles!”
As chamas e o fumo sufocaram as palavras de Mu. A terra das sete cidades e seus habitantes foram despedaçados e engolidos para as profundezas do oceano revolto em poucos dias”.}
“Deus é a Verdade e a Luz é Sua sombra“. Platão
Permitida a reprodução desde que mantida a formatação original e mencione as fontes.